E por que não aprender Scala? Qual razão pode levar um programador a dispensar o prazer de aprender uma nova linguagem de programação que, além de estar crescendo cada vez mais, é capaz de tornar o processo de codificação mais conciso e funcional?
Scala é uma linguagem de programação multiparadigmática que executa sobre a JVM. É uma linguagem desenvolvida para herdar as vantagens presentes no Java, permitindo também o usuário operar outros paradigmas, como o paradigma funcional, nesse mesmo ambiente. Com Scala, o usuário elabora programas e aplicações, como o próprio nome sugere, escaláveis.
Escalabilidade
Raymond Roestenbutg, no livro Akka in Action, apresenta uma ferramenta feita em Scala chamada Akka, a qual facilita a programação de aplicações distribuídas utilizando o modelo de programação de Atores. Nele, é apresentado como exemplo uma aplicação para cadastro e venda de ingressos de eventos.
O mais interessante do exemplo é que, o mesmo código, é capaz de lidar desde uma pequena quantidade de eventos a um cenário real de aplicação, mostrando a escalabilidade da tecnologia.
Em expansão
Scala vive um quadro de propagação acelerado, além da adoção do sistema por empresas de alto impacto global, ela possui um alto potencial de expansão por ser requisitada por campos em crescimento, como o de big data, data science, ferramentas para processamento de fluxos de dados em tempo real e treinamento de inteligências artificiais.
Os paradigmas trabalhados por este sistema eram abordados pela teoria desde antes da existência desta linguagem; o porquê da aclamação da Scala se encontra na maneira como ela trabalha esses paradigmas, sua técnica que torna os processos envolvidos nas operações muito mais simples e transparentes. Isso torna o ambiente de programação muito mais confortável para o programador.
Abstrações
Pensemos em uma situação onde seja preciso ler e processar um arquivo com um milhão de linhas. Qual método usar? A maneira mais intuitiva é processar o arquivo linha por linha, modo sequencial. Mas vamos acrescentar a necessidade de paralelizar, ou seja, várias linhas devem ser verificadas ao mesmo tempo.
Em casos como esse, quem usa linguagens como Python, C++, e até mesmo Java, por exemplo, precisará elaborar um código complexo, capaz de assustar muitos programadores só em pensar nele.
Em Scala, o método para resolver a situação anterior é muito mais simples. Você determina qual função será processada e estabelece que é paralelo, adicionando apenas quatro caracteres no início do comando. Esta é uma das vantagens da linguagem, as abstrações que ela traz permitem a resolução de situações já conhecidas, mas de uma maneira muito mais fácil.
Dentre as muitas situações em que a Scala se apresenta como o melhor meio de trabalho, podemos destacar a de processamento de dados. Para quem trabalha com Scala, e teve um percurso de contato com outras ferramentas da mesma área, é provável que ela surja como primeiro passo de trabalho para tais casos.
E o processo segue para a etapa de seleção de frameworks como Akka Stream, Apache Flink e Apache Spark, que estão no auge dentro da categoria, sendo ferramentas atuais e poderosas.
Paradigma Funcional
As possibilidades apresentadas, o nível de abstração com o qual se pode trabalhar e a maneira na qual ele é implementado em grande escala tornam o paradigma funcional a função mais interessante desta linguagem.
Ao mesmo tempo, para muitas pessoas o paradigma funcional é algo estranho, trabalhar a função como valor pode ser difícil. Mas essa não é uma questão particular a Scala, a quem o paradigma funcional se apresenta como dificuldade, diversas linguagens que o utilizam trarão essa questão.
O paradigma funciona como ponto enriquecedor, Scala não é difícil. Scala é muito legível, e isso é realçado mediante a comparação com outras linguagens de programação.
Em muitas aplicações, um código em Scala é tão exato que é como ler uma frase, a instrução presente no programa é uma frase em inglês, perfeitamente legível.
Pontos de destaque
Dentre tudo que pode ser dito sobre a linguagem, algumas características merecem destaque no delineamento do perfil da ferramenta. São elas: portabilidade: por ser uma linguagem que roda na JVM, ela também carrega essa característica.
- Legibilidade: a simplificação dos códigos tornam sua leitura mais precisa.
- Escalabilidade: em um projeto feito em Scala é possível escalá-lo para trabalhar em situações mais complexas, como por exemplo, um serviço consegue trabalhar com um número maior de usuários simultaneamente.
- Didática: é uma linguagem que possibilita trabalhar muitos tipos e números de casos, e de uma maneira mais orgânica e intuitiva. Isso a coloca como boa opção a quem ministra aulas de programação.
Só Scala resolve?
Como quase tudo em programação, um mesmo problema pode ser resolvido em diferentes linguagens, a questão é o nível de trabalho necessário em cada uma delas. Toda linguagem usa como base uma outra linguagem, ou seja, sempre existirá uma linguagem mais básica para processar aquela linguagem.
Então, não existe uma situação que só possa ser resolvida com Scala, você pode solucionar por outros mecanismos, o porém se apresenta quando consideramos o esforço necessário para isso.
Scala é uma grande representante do sucesso nos esforços para simplificar processos complexos de programação. Ela funciona, e funciona bem.