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Aplicativo Biometria Ceará Segurança

Foragido de cadeia é identificado por meio de aplicativo desenvolvido pela SSPDS e UFC

Servidores do Laboratório de Identificação de Desconhecidos (LID) da Coordenadoria de Identificação Humana e Perícias Biométricas (CIHBP), da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), realizaram a identificação de um homem suspeito de ser fugitivo da cadeia pública de Pacajus, nessa segunda-feira (16). A identificação foi realizada por meio do aplicativo do Portal de Comando Avançado (PCA), que foi desenvolvido pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC).

De acordo com o servidor da Pefoce, Humberto Quezado, do LID, a Pefoce foi acionada para realizar a identificação de um paciente, que deu entrada no hospital Universitário Walter Cantídio, localizado no bairro Rodolfo Teófilo. O homem foi deixado por uma pessoa, que também não se identificou. O acompanhante apenas deu um suposto nome, que seria do paciente, e foi embora.

Porém, ao realizarem uma busca no PCA, as impressões digitais do paciente foram verificadas junto ao banco de dados civil. Com isso, foi possível chegar ao nome do homem, sendo este identificado por Narcílio Cavalcante (23). Ainda de acordo com Humberto Quezado, a pesquisa apontou que o homem possui ficha criminal e passagem na Polícia Civil por roubo. Além disso, Narcílio é fugitivo da cadeia pública de Pacajus, onde estava preso aguardando julgamento. A fuga teria ocorrido no ano de 2016.

Aplicativo

O aplicativo Portal de Comando Avançado foi desenvolvido pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC), com o objetivo de fornecer informações gerenciais para a área operacional e administrativa da SSPDS. Desta forma, a ferramenta integra os serviços disponibilizados para os servidores da Policia Militar, Policia Civil, Corpo de Bombeiros e Perícia Forense.

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Big Data Ceará

Ministério da Justiça entrega plataforma de Big Data e Inteligência Artificial desenvolvida pela UFC

O Ministério da Justiça e Segurança Pública entregou, nesta terça-feira (20), durante o Seminário de Boas Práticas em Tecnologia da Informação Voltadas à Segurança Pública, as primeiras ferramentas do Projeto de Big Data e Inteligência Artificial aos cinco estados que participarão do “Em Frente Brasil”, projeto-piloto de enfrentamento à criminalidade violenta. O projeto será lançado pelo governo federal nos próximos dias.

Além do Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraná e Pernambuco, Ceará também receberá a ferramenta, já que ela foi desenvolvida, a pedido do Ministério da Justiça e Segurança Pública, pela Universidade Federal do Ceará (UFC) com base em uma prática de sucesso adotada pelo Estado.

A ferramenta promove a integração de dados em larga escala para auxiliar na elaboração de políticas públicas contra a criminalidade, as organizações criminosas e a corrupção.

Na prática, agentes de segurança poderão acompanhar as ocorrências de todo o país, buscar informações e ficha criminal de suspeitos, monitorar veículos roubados, atuar no combate ao tráfico nas regiões de fronteiras, além de agir de prontidão na prevenção de assaltos e homicídios.

Até o final do ano, o projeto chega a outros oito estados: Acre, Alagoas, Amapá, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe, Tocantins.

Imagem: Ministério da Justiça e Segurança Pública

Boas práticas

O Big Data e Inteligência artificial, foi inspirado nas boas práticas adotadas na cidade de Fortaleza. A aplicabilidade da tecnologia do Big Data no estado cearense e o investimento no combate ao crime colaborou para a redução no número de roubos e furtos de veículos e no aumento nos índices de recuperação de carros e motocicletas. Há, ainda, registros na redução dos índices criminais.

Atualmente, Fortaleza segue no 14º mês de redução nos crimes violentos letais e intencionais (CVLI) – com 866 vidas salvas em 2019. Além dos crimes contra a vida, o estado tem obtido, nos últimos 23 meses, queda nos índices de crimes violentos contra o patrimônio (CVP).

A entrega também foi noticiada no programa A voz do Brasil, confira:

https://rapaduratech.com.br/wp-content/uploads/2019/08/insight-voz-brasil.mp3?_=1

Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública

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Ceará Segurança Pública

Polícia (cada vez mais) científica faz Ceará economizar R$ 120 milhões

‘As grandes polícias do mundo têm cientistas de dados em suas equipes. Queremos criar essa carreira por aqui’

Tempos antes de o programa Cientista Chefe ganhar esse nome, a ideia embrionária já era testada na mais estratégica das secretarias do governo cearense, a da Segurança Pública. Há três anos, em 2016, o estado viveu uma queda bruta na taxa de homicídios. No ano seguinte, porém, as mortes voltaram a disparar, crescendo 47% em relação ao ano anterior. A disputa entre facções criminosas e a violência nos presídios espraiaram-se em insegurança nas ruas da capital, Fortaleza – naquele ano, a cidade foi palco da mais sangrenta chacina da história do Ceará, que deixou 14 mortos, e em 2019 houve ataques a prédios públicos, pontes e torres de comunicação. Sob esse cenário nada alentador, a secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do estado passou a pensar em como usar tecnologia para fazer com que o crime deixasse de compensar.

Há dois anos, passou a atuar nesta questão uma equipe coordenada pelo professor José Macedo, do Departamento de Computação da Universidade Federal do Ceará. Estreante na área de segurança pública, mas com larga experiência em Tecnologia da Informação dentro e fora da universidade, o pesquisador ganhou a missão de organizar essa barafunda de dados e apresentá-la aos gestores e policiais numa plataforma fácil e intuitiva. Com a ajuda de cem pesquisadores e o envolvimento de outras duas dezenas de colaboradores, nasceu então um sistema de big data chamado Odin, que armazena e cruza dados obtidos por mais de 50 sistemas dos órgãos de segurança e de entidades parceiras. Todas as informações podem ser vistas em tempo real dentro de um painel que simplifica os processos de investigação e de tomadas de decisão, o Cerebrum. “O sistema cruza mais de 3 mil informações”, diz Macedo, “mas foi desenvolvido para funcionar mesmo em celulares mais simples.”

Nessa esteira surgiu também um sistema que permite a checagem em tempo real de placas de veículos que passam pelos radares instalados. O Spia tem 3,3 mil câmeras integradas. As imagens são repassadas a um banco de dados que indica a possibilidade de crimes ao operador policial mais próximo.

Os dados ajudaram, por exemplo, a colocar bases de policiais a pé nas regiões onde ocorrem mais homicídios. Essas informações foram cruciais para diminuir o tempo de captura de um veículo. “Hoje conseguimos reagir em seis ou sete minutos”, diz o policial rodoviário Aloísio Lira, chefe da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp). A resposta ágil dificulta também que o veículo seja utilizado para cometer outros crimes, quebrando a cadeia de infrações. Com isso, o roubo de carros caiu 48% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

A secretaria estima que o projeto poupou aos seus cofres algo em torno de 120 milhões de reais. A meta agora é concluir até 2020 o processo de integração da plataforma. O acesso a esses dados, calcula Lira, terá um grande impacto nas iniciativas futuras de combate ao crime no estado. “As grandes polícias do mundo têm cientistas de dados em suas equipes. Queremos criar essa carreira por aqui.”

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