Representantes da SNDCA visitam a SSPDS para conhecer o Big Data da segurança pública
Dois representantes da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA), vinculada ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH) visitaram, na tarde dessa terça-feira (23), a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS/CE), para aprofundar o conhecimento acerca das ferramentas tecnológicas desenvolvidas no Ceará, entre elas o Big Data “Odin”. O secretário da SSPDS, André Costa, e o superintendente de Pesquisa e Estratégias de Segurança Pública (Supesp), Aloísio Lira, participaram da reunião.
Pela pasta nacional, participaram o diretor de Promoção e Fortalecimento da SNDCA, Washington de Sá; e o diretor de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, Cleiton Dutra. A reunião aconteceu após ambos assistirem à apresentação feita pelo secretário André Costa, durante o II Simpósio Internacional de Segurança: as inovações tecnológicas no combate à criminalidade, ocorrido em Brasília-DF, em março deste ano. Durante o evento, André Costa apresentou uma palestra com o tema “Uso da tecnologia e estratégia no combate aos atentados no Ceará: ameaças assimétricas”, sobre soluções tecnológicas desenvolvidas pela SSPDS e o uso delas como estratégia no combate ao crime no Estado. Entre os assuntos abordados por Costa, estava o desenvolvimento do Big Data “Odin”, que ocorre em uma parceria entre SSPDS, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Universidade Federal do Ceará (UFC).
A ferramenta tecnológica é alimentada por cerca de 50 sistemas dos órgãos de segurança pública do Estado e de instituições parceiras, que foram remodelados para fornecer as informações, em tempo real, e facilitar o processo de investigação, inteligência e tomada de decisão. O sistema é capaz de analisar cerca de 3.000 tipos de dados diferentes, que ficarão à disposição dos gestores através de um painel analítico, que tem o nome de Cerebrum.
“Nós vimos que é uma solução que a Secretaria da Segurança do Ceará tem trabalhado e impactado na redução da criminalidade e da mortalidade no Estado. Dessa maneira, observamos que essa é uma solução desejada também para outras áreas, especialmente do Governo Federal, para sermos mais eficientes na elaboração de políticas públicas. Isso ocorre pelo mapeamento mais verídico dos dados, que pode nos instrumentar daquilo que é necessário, como política eficiente. Então viemos aqui para ouvir um pouco sobre as possibilidades de integrarmos esse projeto”, destacou Washington de Sá. O diretor da SNDCA falou ainda que no caso da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Big Data contribuiria com a análise inteligente dos dados acerca de crianças e adolescentes desaparecidos, migrantes e refugiados, como também sobre a evasão escolar e outras questões.
Para o superintendente da Supesp, Aloísio Lira, a troca de experiência entre as instituições contribui para o aperfeiçoamento dos dados e para fomentar políticas públicas voltadas para a juventude. “Recentemente, nós mapeamos as áreas críticas de interesse da segurança pública e, especificamente nessas áreas, nós precisamos de uma série de projetos de temas transversais envolvendo diversas outras secretarias ou instituições que trabalham na parte de prevenção social, ligados à educação, saúde e direitos fundamentais. Toda essa ambiência precisa ser trabalhada em cima dessas áreas críticas. Não só a parte de policiamento protetivo, que é o que fazemos com a Polícia Militar nem só com repressão qualificada como acontece na Polícia Civil. Então, todo esse tema transversal é importante na prevenção da violência para ajudar a segurança pública a vencer esse desafio, que é reduzir esses índices de mortalidade, especialmente entre jovens, que é a classe mais afetada por essa letalidade violenta”, finalizou.